Há poucos dias o Papa
Francisco chocou ao Mundo com uma mensagem que professa tolerância para com a
homossexualidade. Ocorreram-me de imediato as palavras “it’s about fucking
time”. Não deixa de ser positivamente espantosa a audácia com que a Igreja
Católica tem tentado impor a sua visão a um planeta que, na sua maioria, vive
completamente abstraído desta realidade. Tal dose de soberba só tem eco na
igualmente presunçosa mania que o Mundo Ocidental (Europa e América do Norte)
tem em impor a sua visão política a todos os restantes países.
A dada altura alguém
devia oferecer um íman de frigorífico com as palavras “Live and let live” aos
carolas que tomam estas decisões, particularmente à rapaziada homofóbica que
não tolera o casamento gay nem a adopção por parte de casais homossexuais.
Alguém lhes devia explicar que, dos 7 biliões de habitantes do planeta, nem
todos adoptaram o modelo em que um homem e mulher se juntam, professam amar-se
para o resto da vida e têm sexo duas-três vezes - na vida inteira - exclusivamente
para gerar bebés. Alguém devia explicar a esses carolas que há sociedades –
perfeitamente funcionais - em que um homem tem várias mulheres, outras em que
uma mulher tem vários homens e outras, ainda, onde vários homens e várias
mulheres vivem em completa liberdade sexual e tomam conta da prole uns dos
outros.
O aspecto mais divertido
de todos é a noção de que o nosso modelo é o melhor, seguramente porque está associado
aos melhores resultados… Como se não fôssemos uma
civilização em que UM TERÇO da população vive encharcada em Prozac, Zoloft e
outros anti-depressivos… E andamos nós a tentar convencer o resto do mundo de
que o nosso modelo é o mais funcional…
Yeah, right!...